1. Os defensores de uma certa ideia de “sociedade justa” afirmam constantemente que num mercado livre os salários dos jogadores de fútebol, dos actores de cinema de hollywood, dos grandes empresários ou das prostitutas de luxo são injustos.
2. Mas os salários gordos resultam do livre investimento dos indivíduos, logo não pode ser injusto pois um mercado livre funciona de acordo com a lei imparcial/natural da oferta/procura.
3. Logo, uma sociedade justa é uma sociedade que não é livre. Logo, não faz sentido usar a palavra “liberdade” de acordo com o direito natural mas sim identificando-a com o direito positivo.
São em grande parte aqueles que mais indignam e se roem de inveja com os ordenados da indústria do espectáculo e do desporto que mais contribuem, com seus hábitos de consumo e de entretenimento, para essas chorudas verbas.
Exacto PF.
Acho piada. Quem critica os ordenados chorudos – ou escandalosos – não sei bem no que estaria a pensar como alternativa. A alternativa razoável – isto é, num país onde o totalitarismo ainda não tenha chegado – seria que o lucro (digamos, do Manchester) fosse desviado, ou para os accionistas ou para o(s) presidente(s) nos clubes que não são SA. Mas não penso que fosse isto que os críticos quisessem, nem que isso lhes trouxesse consequências que desejassem. Já sei, devia ser distribuído pela população. Era muito mais “justo”.