1. “A invasão do Iraque não foi um erro devido às suas consequências, mas devido às suas motivações.” – diz o Miguel Lopes.
2. Exteriormente não há maneira de saber quais as motivações dos outros pois não temos maneira de aceder ao seu pensamento.
3. Os únicos argumentos válidos para a discussão sobre a invasão do Iraque são dados concretos/objectivos.
4. Argumentos sobre motivações são argumentos inválidos porque não estão sujeitos a critérios objectivos.
É só procurar os argumentos dados para a invasão do iraque, eles foram objectivos na altura, obedeciam a toda a lógica. Mas…revelaram-se falsos!
Foi a utilização desses argumentos falaciosos que fez da invasão um erro, não são as consequências, estas operaram naturalmente.
Dick cheney por volta de 1992 enumerou as consequencias que teria uma invasão no iraque no ano anterior. (guerra civil etc). Parece que sp as souberam. Strange?
Qual foi o argumento falacioso? As 17 resoluções da ONU não cumpridas por Saddam? Estamos a brincar? Ou então sejamos coerentes e extinga-se a ONU (o que defendo). A não ser que Portugal defendesse isto, a única posição juridica e politicamente sustentável na altura foi o apoio à libertação.
Sobre consequências, apenas guardo na memória o Loureiro dos Santos asseverar na SIC, antes do início da guerra, que os americanos dificilmente chegariam (se é que chegariam!) a Bagdade antes do Verão. Grande estratega e pensador este. Generais destes são uma vergonha. E sempre com arrogância que debita as suas coisas na TV.
Não, o argumento falacioso foram Armas de Destruição Massiva e apoio ao terrorismo.
Bush disse-o inúmeras vezes e Blair fez o mesmo no Parlamento Inglês (é só procurar, se quizer eu procuro e mostro-lhe). A democratização vinha em terceiro lugar.
Quanto tais mentiras foram descortinadas surgiu a democratização do iraque como PRINCIPAL argumento (isto por volta de 2005/2006). E porquê?
Se o não cumprimento das resoluções da onu acarretasse uma invasão então estavamos muito mal. O Filipe sabe quem é o país que menos resoluções cumpre? ISRAEL!
A coligação chegou a badgad. Controla badgad, o resto do território não. Faz-me lembrar Portugal que controlava Angola porque controlava Luanda.
O Iraque não está minimamente controlado pelos EUA, ter tecnologia, boa força aérea etc não faz ganhar guerras, pense-se no Vietname, ou pense-se no Afeganistão (da URSS e agora tb).
http://www.fas.org/irp/congress/2004_cr/s012804b.html
http://www.americanprogress.org/issues/kfiles/b24970.html
http://www.foxnews.com/story/0,2933,331092,00.html
“ISRAEL”
Isso prova a total inutilidade da ONU. Extinga-se. Certo?
“Quanto tais mentiras foram descortinadas”
Ausência de provas não é prova de ausência. Não é honesto dizermos que Hitler não existia quando temos provas de que existia. Não pudemos foi encontrá-lo. E não é honesto chamarmos mentirosos a quem diga que “Hitler existia”.
Eu não estou a aqui a falar da ONU, quem falou foi o filipe, e falou das resoluções.
Eu não estou a falar de Direito Internacional, estou a falar de coerência da politica externa dos EUA e acima de tudo não como o que me dão.
A invasão do iraque teve como argumentos armas de destruição em massa, Colin Power assumiu que defendeu na ONU essa invasão, que pensava que elas existiam QUANDO NÃO EXISTIAM, dizendo-se que a Administração Bush foi enganada pelos serviços secretos. Ou seja, sabia-se que não havia qualquer capacidade do Iraque produzir este tipo de armas.
O Irão está a enriquecer uránio à vista de todo a gente e invasão vai-se ver por um canudo.
A guerra do Vietname tb se deu por causa de um bombardeamento a um barco americano! Foi o que disseram na altura! Evidentemente que tal não era verdadeiro. Foi simplesmente um pretexto.
A ultima invasão do Libano deu-se supostamente pelo rapto de soldados israelitas, quando se soube posteriormente que 1 mês antes a invasão já estava prevista!
“QUANDO NÃO EXISTIAM”
Como é que sabe? Hitler existia?
“A guerra do Vietname tb se deu por causa de um bombardeamento a um barco americano! Foi o que disseram na altura! Evidentemente que tal não era verdadeiro. Foi simplesmente um pretexto.
A ultima invasão do Libano deu-se supostamente pelo rapto de soldados israelitas, quando se soube posteriormente que 1 mês antes a invasão já estava prevista!”
Aconselho ao eduardo um pouco de realismo. Os governos não são compostos por anjos.
“QUANDO NÃO EXISTIAM”
Acho que as maiúsculas evidenciam ainda mais a pobreza do argumento.
UM MAIS UM IGUAL A TRÊS!!! duh..
“Ou seja, sabia-se que não havia qualquer capacidade do Iraque produzir este tipo de armas.”
O Bloco de Esquerda na altura mostrou as facturas da venda das armas por parte do Rumsfeld.
Pobreza dos argumentos? só para rir!! enfim! olhe, crie mais uns conceitos, invente praí Filipe, fica-lhe bem!
A criatividade é sempre valorizada, até em discusões!!
Acho que me fica bem discutir sem base em dogmas. Isso é a base para um bom cientista. E para já, os conceitos são: subjectivos, discutíveis e não inatos (dependem da adesão e da racionalidade dos agentes).