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Archive for Junho, 2008

Momento cómico

Como a vida nem sempre é de seriedades há notícias que vale a pena relatar pelo simples facto do seu ridículo nos deixar bem dispostos de tanto rir.

Não resisto a relatar esta notícia do jornal O Público sem comentar.

“Podem os homens ser feministas? E, sendo-o, devem constituir um grupo isolado ou integrar o movimento mais geral de mulheres? Estas foram algumas das questões discutidas no painel Género e relações de género: o papel das mulheres e dos homens na mudança, um dos debates da tarde no congresso.
“Tenho encontrado muitos machos mas poucos homens”, ironizou o espanhol Javier Robles Andrades, que abordou as “distintas masculinidades”, entre as quais a “subordinada e marginalizada dos homossexuais”, para concluir que “é preciso procurar novas formas de ser homem”.”

Um homem feminista??? Deve ser piada ou talvez o homem seja feminista em determinados momentos em que a graxa para obter sexo mais rápido e economicamente seja a estratégia, aí sim fica bem ser “feminista”. Também deve de ser verdade que temos “muitos machos mas poucos homens”, talvez seja do problema da natalidade. Em relação à procura das “novas formas de ser homem” nem vale a pena comentar.

“Já existentes em várias cidades espanholas, os grupos de homens pela igualdade já foram apreciados pela ministra da Igualdade do Governo de José Luís Zapatero, que anunciou que gostava de alargar e institucionalizar o conceito a todo o país.”

Grupos de homens pela igualdade do género??? So sweet…

“”Ser feminista não é uma palavra malvada. É uma condição de progresso, é ser justo e lógico. Por isso, devíamos todas e todos ser feministas”, apelou, na sessão de abertura do congresso, Elza Pais, presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, reconhecendo que persistem “barreiras [à plena igualdade] que parecem intransponíveis”.”

Mais non-sense. O que de mais existe no feminismo é de facto a lógica.

“Por sua vez, Elisabete Brasil, presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), associação promotora deste III Congresso Feminista, tinha dito, minutos antes, que “a agenda feminista tem de estar entroncada na agenda dos outros movimentos sociais”. Isso mesmo defendeu Sónia Alvarez, vice-presidente da Associação de Estudos Latino-Americanos, que falou da “renovação e radicalização” dos feminismos na América Latina, em resposta às fragilidades dos “muito bem comportados feminismos académicos” na “resistência ao neoliberalismo”.”

Não poderiam faltar as criticas ao neoliberalismo. Acho piada que lutam pelas igualdades e ao mesmo tempo lutam contra a liberdade económica. Ser feminista também é ser obrigado a dar dinheiro quando não se quer. Demasiada sensibilidade é o que é. Cheap talk.

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God Bless America

EUA: Supremo reconhece direito constitucional à posse de armas 

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O CARRO ELÉCTRICO 

COMPRA-SE PAZ SOCIAL

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Ideais Humanistas

Referências: Karl Marx (passado), Mário Soares e Hugo Chávez (presente), Barack Obama (no futuro).

Mitologia: Robin dos Bosques.

Inimigos: Capitalismo selvagem e George W. Bush… e os empresários ricos.

Bíblia: Carta dos Direitos Humanos.

Igreja: ONU.

Argumentos: fé, anti-americanismo, “dignidade humana” (seja lá o que isso for), igualitarismo (ou discriminação positiva).

 

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“”Com Obama vai haver uma participação mais forte dos afro-americanos”, garantiu à AFP Maurice Carroll, do instituto de sondagens da universidade de Quinnipiac. A confirmar-se esta teoria, os estados do Sul, fortemente republicanos nas últimas eleições, podem causar uma surpresa e baralhar os dados em Novembro.”

fonte: (http://www.dn.sapo.pt/2008/06/09/internacional/obama_e_cain_tentam_mudar_o_mapa_ele.html)

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“Se Barack Obama me telefonasse hoje, só imagino três hipóteses. Desmaiar instantaneamente, desligar por pensar que era uma piada de mau gosto ou, a pior de todas, esforçar-me por parecer que tinha a situação sob controlo quando tinha, na verdade, o cérebro bloqueado.
É fácil perceber porquê. Votar em Obama tem a ver com as palavras que ele diz e com o modo como ele as diz. Mas a magia maior é a voz. Barack Obama tem uma voz perfeita.
Dirão: ele é um homem bonito, sedutor, fala em mudança. Mas assim, com o chip de quem só analisa as coisas superiores do mundo, subestimarão sempre a incrível combinação de graves, semi-graves e agudos da sua voz. Uma voz que começa por nos estremecer levemente, criando um formigueiro imperceptível, que a seguir nos solta da cadeira e nos põe a levitar e que depois, com os headphones nos ouvidos, isolados dos ruídos à volta, nos transporta em estado de semi-hipnose. Sim, Obama tem a melhor voz do século e, com ela, vai mesmo mudar o mundo.(…)” – Bárbara Reis no jornal O Público.

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“Não vale a pena falar aqui das distorções que o Estado-Providência provoca: desde um enorme aparelho administrativo, que não funciona ou funciona mal, à irresponsabilidade do indivíduo. O problema é que o dinheiro deixou de chegar para a espécie de vida que ele instaurara e se tomava agora por garantida. Na “Europa” inteira (menos na América) governo atrás de governo tentou reduzir ou “racionalizar” o “monstro”, para ser logo vilificado e expulso. Os serviços pioraram, a carga fiscal aumentou. Mas ninguém conseguia conceber que a “idade de ouro” acabara de vez. Para os portugueses, que verdadeiramente não a conheceram, a renúncia é ainda pior. E a resistência, contra a lógica e a realidade, será também por isso muito pior.” – Vasco Pulide Valente no jornal O Público.

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As ideias de Obama

Desconfio que depois de lerem isto muitos europeus progressistas pró-obama fiquem desiludidos em ver um negro/branco chegar ao cargo de presidente dos E.U.A. mas para alimentar o ódio ao Bush tudo serve:

Economia
Redução dos impostos das classes médias e populares, aumento da carga fiscal das classes mais ricas, políticas comerciais “justas” que protejam os consumidores e o ambiente. Aumento do salário mínimo, indexado à inflação. Renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), através de consenso com o México e o Canadá (que já tranquilizou).

Energia
Aposta na independência energética, através de investimentos maciços nas tecnologias alternativas, redução do consumo de energia e da emissão de gases, subida do preço da electricidade. Aumento da produção de energia nuclear. Redução das importações de países “mais poluidores”.

Saúde
“Na saúde, gastamos por pessoa o dobro da França e do Canadá porque o nosso sistema é ineficaz” e deixa de fora 47 milhões de americanos. Propõe novos sistemas de seguros de saúde privados acessíveis às classes pobres, mas não obrigatório para todos, apenas para as crianças (Clinton propunha a cobertura universal).

Questões de sociedade
Legalização dos imigrantes clandestinos, autorizados a tirar a carta de condução e a ter acesso aos seguros de saúde. Favorecer a sua naturalização – mas manter o “muro” na fronteira mexicana. Não crê na eficácia da pena de morte, mas opõe-se à abolição. Defende o direito das mulheres ao aborto. Desaprova o casamento de homossexuais, preferindo a união civil.

Segurança interna
Encerrar Guantánamo e restituir aos detidos o direito ao habeas corpus, restabelecendo “a boa reputação dos EUA”. Oposição radical à tortura. “Podemos respeitar a Constituição e garantir a nossa segurança.” Criticou a aplicação do Patriot Act, mas votou a sua renovação em 2006.

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“Ferreira Leite – o terceiro líder do PSD em menos de um ano – anunciou que, consigo, o partido virou uma página. Pode ser que sim. Resta saber se foi uma página para a frente ou uma página para trás. Já muita gente, entretanto, discorreu sobre o partido repartido aos terços. Com o devido respeito pela sabedoria da tribo, talvez não seja esse o facto mais interessante destas directas do PSD. No sábado, houve mais eleitores a absterem-se do que a votar em qualquer dos candidatos. Dos 77.088 militantes com direito a voto no dia 30 de Maio, quase metade – 41% – renunciaram a escolher. E isto numas eleições em que era suposto os eleitores serem “militantes” e em que não faltavam razões aparentes de mobilização: havia mais do que uma candidatura com esperanças de ganhar, os candidatos exageraram as diferenças entre si, toda a gente dramatizou o que estava em causa (a própria existência do partido), e até houve dois debates televisivos. Mais do que “dividido”, o PSD parece desmotivado.
Para animar a eleição, opôs-se a “credibilidade” de Ferreira Leite ao “populismo” de Santana ou à “juventude” de Passos Coelho. Mas aparte uma ou outra opção avulsa (por exemplo, privatizar ou não a CGD), que distinguia programaticamente os candidatos? É verdade: Passos declarou-se “liberal”, e Ferreira Leite preferiu conservar-se “social-democrata”. Qual, porém, a diferença inultrapassável entre o “liberalismo” dele e a “social-democracia” dela? Ou entre essas duas coisas e o “populismo” atribuído a Santana? Todos desejaram menos Estado, e todos se preocuparam com as “questões sociais”. Tal como Menezes, Mendes e os demais líderes do PSD. Em suma, o que havia para escolher eram pessoas, com os respectivos estilos, imagens e amigos. Não era de modo nenhum uma escolha secundária, mas não motivou demasiado, nem produziu um resultado suficientemente decisivo. Com os votos distribuídos em três partes mais ou menos iguais, nenhum dos candidatos conseguiu dar aos outros razões para deixarem de andar por aí. Às primeiras dificuldades, regressará o ruído que acompanhou as lideranças de Mendes e de Menezes. Muito provavelmente, Ferreira Leite aguentará melhor do que Menezes – se não tiver uma “câmara de Lisboa”, como Mendes.
Há quem, como tratamento, recomende ao PSD a adopção urgente da fórmula política que anima as direitas europeias mais bem sucedidas: o PSD devia transformar-se num partido para os liberais e conservadores que estão à direita do PS. É uma óptima ideia, que só tem este problema: o PSD já é um partido de direita, para liberais e conservadores. Como votou a maioria dos deputados do PSD no caso da lei do aborto? Como teria votado a maioria dos conservadores. O que dizem os líderes do PSD sobre o papel do Estado? O que os liberais costumam dizer. E onde se situam os eleitores do PSD, quando sondados acerca da sua posição no leque político que vai da direita à esquerda? Segundo um estudo recente, muito mais à direita do que os do CDS. Porque é que então a classe dirigente do PSD insiste nas velhas máscaras e subterfúgios a que a direita portuguesa recorreu para sobreviver em 1975? Porque é que, mesmo quando confessa ser “liberal”, logo acrescenta nervosamente não ser de “direita” (Passos Coelho)?
Porque a classe dirigente do PSD tem uma estratégia muito singela: trata-se de herdar o governo à boleia da corrente “crise”, e depois utilizar o Estado para impor disciplina ao partido. A fim de chegarem ao poder, as outras direitas europeias têm andado a propor aos seus eleitorados visões do mundo e da sociedade alternativas à das esquerdas. Por isso, procuraram inspiração nas tradições conservadoras e liberais, e assumiram finalmente, onde isso já não era claro, uma identidade diferente da esquerda. Os donos do PSD, com poucas excepções, são demasiado espertos para se darem a esse trabalho ou correrem esses riscos. Pior: acreditam que, em Portugal, não vale a pena. O “povo” que conhecem é aquela clientela autárquica a quem, com a competente ironia, atiram “carne assada” nas festas do partido. Habituaram-se a imaginar os portugueses como uma massa provinciana e desesperada. Esperam por isso que, sem muito esforço da parte deles, a não ser o de porem caras muito sérias, de quem sabe tudo, este povo neo-realista venha a acreditar que basta substituir Sócrates por Ferreira Leite para os preços baixarem.
Ferreira Leite conseguiu dar pelo facto de os portugueses terem deixado de “respeitar” o PSD. Talvez as coisas mudem quando os donos do PSD começarem a respeitar os portugueses.”

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“A esquerda “colonizada pelo neoliberalismo”, ao nível das ideias e da linguagem, precisa de “libertar-se” dessa companhia disse, ontem, Manuel Alegre. O ex-candidato à Presidência da República, que participava num debate no Porto, defendeu também, se for caso disso, a renacionalização de sectores estratégicos da economia portuguesa.”

Fonte: (http://www.dn.sapo.pt/2008/06/01/nacional/alegre_defende_nacionalizacoes_for_p.html)

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