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Archive for 17 de Abril, 2008

“Seis séculos debaixo do pó, seis sermões agora postos a descoberto. Textos inéditos de Agostinho de Hipona (354-430), uma das figuras maiores do cristianismo e da filosofia ocidental, autor das Confissões, foram descobertos na Biblioteca Ampoliana da Universidade de Erfurt (Leste da Alemanha).
A importância do achado mereceu ontem mesmo duas páginas no jornal oficial do Vaticano, L”Osservatore Romano, e referências no El Pais e na BBC. A história resume-se assim: o erudito Amplonius Rating de Berka doou, em 1412, 633 volumes manuscritos à universidade. Neles, incluíam-se os manuscritos agora descobertos, copiados durante a primeira metade do século XII, talvez em Inglaterra.
Os sermões (dois deles eram já parcialmente conhecidos) foram descobertos por três investigadores da Academia das Ciências de Viena. O manuscrito que os inclui passara até hoje despercebido.
“Supomos que os textos chegaram a Inglaterra do Sul de Itália, talvez antes do fim” do ano 1000, afirmou à BBC Isabella Schiller, da Universidade de Viena, que, com Dorothea Weber e Clemens Weidmann, descobriu os textos do bispo e “doutor” da Igreja.
De acordo com as informações já divulgadas, os sermões tratam temas como o amor ao próximo, a esmola e as festas dedicadas aos mártires Cipriano de Cartago, Perpétua e Felicidade. Outro dos textos debruça-se sobre a ressurreição dos mortos e defende a fidedignidade das profecias contidas na Bíblia.
O autor de A Cidade de Deus e criador do conceito de pecado original (“o princípio da História”, segundo o historiador Jean Delumeau) , nasceu na actual Argélia, converteu-se ao cristianismo, foi baptizado em Milão por Santo Ambrósio, em 387. Os seus textos (incluindo sermões) foram a forma de intervenção mais importante. Continua a ser um dos pensadores mais estudados: só entre 1955 e 1966 tinham sido publicados cerca de 55 mil textos sobre ele (1341 títulos por ano, em 41 anos).”

(http://jornal.publico.clix.pt/ , 17.04.2008, P.20)

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“A injecção letal é legal, deliberou ontem o Supremo Tribunal dos EUA, em resposta a um pedido de dois condenados à morte do estado do Kentucky, e fazendo com que na prática possam recomeçar as execuções, suspensas há sete meses nos 36 estados americanos em que existe a pena capital.
O veredicto foi anunciado no mesmo dia que o Papa, um opositor da pena de morte, visita o Presidente Bush – mas o Supremo não se pronunciou sobre a legalidade da pena; apenas sobre o método de execução.
A decisão do colectivo, liderado pelo juiz John Roberts, deverá fazer com que recomecem as execuções, suspensas de facto desde há sete meses quando o Supremo começou a analisar o processo. As execuções a nível nacional nos EUA no ano passado tinham baixado para 42, o número mais baixo dos últimos 13 anos.

(…)

O Supremo ouviu ainda ontem argumentos sobre a constitucionalidade da pena de morte num caso de violação de uma criança. Espera-se uma decisão para Julho.
Este processo foi provocado por um apelo de Patrick Kennedy, do Luisiana, condenado à morte por violar a enteada de oito anos – Kennedy e outro homem no corredor da morte também por violar uma criança no mesmo estado são os únicos condenados à morte por um crime que não assassínio.
O Supremo, liderado por John Roberts, considera que os peticionários não provaram que há risco de dor desnecessária.” (http://jornal.publico.clix.pt/ , 17.04.2008, p.15)

 

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