Ainda não percebi porquê tanta reacção indignada como se vê nos comments desta notica no Público:
“Não usar uma mini-saia no trabalho pode significar menos dinheiro no fim do mês. Esta é pelo menos a ideia da clínica espanhola San Rafael, em Cádis, que retirou a dez recepcionistas e enfermeiras o seu prémio de produtividade, por não usarem a saia curta que faz parte do uniforme obrigatório, escreve o diário espanhol “El País” na sua edição online.
As mulheres recusaram o traje estipulado, que além de deixar as pernas descobertas obriga ao uso de um avental justo e pouco prático. Assim, no fim do mês receberam menos 30 euros, o preço por andarem com os tradicionais fatos de saúde.
As funcionárias sentem que a decisão, mais do que injusta do ponto de vista económico, vai contra a lei da igualdade. “Sentimo-nos objectos decorativos. Quando estamos a trabalhar não temos liberdade de movimentos e não nos podemos baixar para atender doentes que estão acamados. Temos que expor o nosso corpo para fazermos o nosso trabalho”, explicou Adela Sastre, presidente do comité da empresa.
O gerente da clínica, que pertence ao grupo Pascual, desafiou os trabalhares a levarem o caso aos tribunais. José Manuel Pascual diz que a medida é justa e apenas surge na sequência do incumprimento da normativa de vestuário. O código aplica-se a outros centros de saúde do grupo onde, contudo, ainda não houve queixas.” (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1323725&idCanal=62 ).
Já se falou da violação de liberdades, de igualdades, da dignidade humana, da mulher coisificada, na escravatura, em voltar aos ideais comunistas, no mal do capitalismo selvagem. Enfim, o costume quando a indignação substitui a racionalidade.
1. As enfermeiras não estão a trabalhar por obrigação e estão sujeitas à indumentária que o gerente da clínica exige como requisito para o prémio de produtividade.
2. O sexo feminino tem a característica de atrair clientela pela sua sensualidade.
3. Dada a característica sexual do sexo feminino os bancos, hospitais, empresas e outras entidades patronais têm tendência a aproveitarem-se deste aspecto.
4. O gerente da clínica vê no uso de mini-saia no sexo feminino uma oportunidade para atrair clientela e como consequência garantir a entrada de dinheiro para o pagamento do prémio produtividade das enfermeiras.
5. O prémio produtividade até deveria funcionar como incentivo para as enfermeiras abdicarem da sua “dignidade”.
6. As enfermeiras têm a liberdade de não aceitarem o trabalho ou a permanecer nele sem o prémio produtividade e assim preservar a sua “dignidade”.
7. Os seguranças privados e em algumas escolas privadas também é requisito obrigatório um fardamento adequado que é diferente consoante os sexos.
8. Os homens e as mulheres são diferentes e atraem por diferentes motivos. Uma mulher com mini-saia pode atrair homens tal como um homem vestido de segurança pode atrair mulheres. Não tem sentido falar em igualdades.
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