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Archive for 27 de Março, 2008

Porque é que não há discussões com este nível em Portugal?

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Ainda não percebi porquê tanta reacção indignada como se vê nos comments desta notica no Público:

Não usar uma mini-saia no trabalho pode significar menos dinheiro no fim do mês. Esta é pelo menos a ideia da clínica espanhola San Rafael, em Cádis, que retirou a dez recepcionistas e enfermeiras o seu prémio de produtividade, por não usarem a saia curta que faz parte do uniforme obrigatório, escreve o diário espanhol “El País” na sua edição online.

As mulheres recusaram o traje estipulado, que além de deixar as pernas descobertas obriga ao uso de um avental justo e pouco prático. Assim, no fim do mês receberam menos 30 euros, o preço por andarem com os tradicionais fatos de saúde.

As funcionárias sentem que a decisão, mais do que injusta do ponto de vista económico, vai contra a lei da igualdade. “Sentimo-nos objectos decorativos. Quando estamos a trabalhar não temos liberdade de movimentos e não nos podemos baixar para atender doentes que estão acamados. Temos que expor o nosso corpo para fazermos o nosso trabalho”, explicou Adela Sastre, presidente do comité da empresa.

O gerente da clínica, que pertence ao grupo Pascual, desafiou os trabalhares a levarem o caso aos tribunais. José Manuel Pascual diz que a medida é justa e apenas surge na sequência do incumprimento da normativa de vestuário. O código aplica-se a outros centros de saúde do grupo onde, contudo, ainda não houve queixas.” (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1323725&idCanal=62 ).

Já se falou da violação de liberdades, de igualdades, da dignidade humana, da mulher coisificada, na escravatura, em voltar aos ideais comunistas, no mal do capitalismo selvagem. Enfim, o costume quando a indignação substitui a racionalidade.

1. As enfermeiras não estão a trabalhar por obrigação e estão sujeitas à indumentária que o gerente da clínica exige como requisito para o prémio de produtividade.

2. O sexo feminino tem a característica de atrair clientela pela sua sensualidade.

3. Dada a característica sexual do sexo feminino os bancos, hospitais, empresas e outras entidades patronais têm tendência a aproveitarem-se deste aspecto.

4. O gerente da clínica vê no uso de mini-saia no sexo feminino uma oportunidade para atrair clientela e como consequência garantir a entrada de dinheiro para o pagamento do prémio produtividade das enfermeiras.

5. O prémio produtividade até deveria funcionar como incentivo para as enfermeiras abdicarem da sua “dignidade”.

6. As enfermeiras têm a liberdade de não aceitarem o trabalho ou a permanecer nele sem o prémio produtividade e assim preservar a sua “dignidade”.

7. Os seguranças privados e em algumas escolas privadas também é requisito obrigatório um fardamento adequado que é diferente consoante os sexos.

8. Os homens e as mulheres são diferentes e atraem por diferentes motivos. Uma mulher com mini-saia pode atrair homens tal como um homem vestido de segurança pode atrair mulheres. Não tem sentido falar em igualdades.

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Tem havido muita indignação com os direitos humanos no Tibete e muitos protestos contra a China propondo um boicote aos Jogos Olímpicos de Pequim.

Durão Barroso afrimou o seguinte: «Não estamos de forma alguma seguros que qualquer eventual boicote levasse a um maior respeito pela lei da China ou no Tibete. De forma alguma».

1. O argumento principal para boicotar os Jogos Olímpicos na China são a violação dos Direitos Humanos.

2. As boas intenções não implicam boas consequências. Aliàs as consequências nunca são totalmente previsiveis nestes casos.

3. Suponhamos que se boicota os Jogos Olímpicos e isso produz o resultado contrário e os soldados chineses invadem em força o Tibete e violam ainda mais direitos humanos.

4. Aqueles que defenderam o boicote aos Jogos Olímpicos para serem coerentes têm de continuar a defender que foi uma boa decisão independentemente das consequências tal como aqueles que defenderam a invasão do Iraque onde a violação dos direitos humanos era constante.

5. Aqueles que tanto criticam as consequências violentas que despoletaram no Iraque após a sua invasão já esqueceram as constantes violações dos direitos humanos da época de Saddham.

6. Quando se está perante a violação dos direitos humanos as consequências são esquecidas em prol da finalidade.

7. Quando as coisas correm mal depois dos actos já se pensa nas consequências e descobre-se que afinal a luta pelos direitos humanos não era assim tão desejada.

8. Durão Barroso tem razão porque não há nenhum indício de que o boicote aos Jogos Olímpicos leve a alguma consequência boa para o Tibete.

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