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Archive for 25 de Março, 2008

Alguns comentários a um post de Daniel Oliveira:

Daniel Oliveira: A culpa do desemprego não é de quem tem emprego seguro.

Comentário: Culpa, culpa, daquela que nos impede de dormir à noite, é óbvio que não. Mas o desemprego tem duas causas fundamentais: 1- a existência de leis que desincentivam a contratação de desempregados (salário mínimo, barreiras aos despedimentos, encargos sociais para as empresas, direitos vários que tornam a contratação de trabalhadores pelas empresas). 2- A despesa pública que, por um lado garante os tais empregos seguros na função pública, e por outro destrói empregos no sector privado.

Daniel Oliveira: A culpa dos baixos salários não é de quem tem um salário quase decente.

Comentário: Os salários não se devem distinguir entre os decentes e os indecentes mas entre aqueles que remuneram a produtividade do trabalhador e aqueles que remuneram o poder político do trabalhador. Aquilo a que o Daniel chama salários decentes resulta de transferências dos trabalhadores que sem poder político que têm salários indecentes e uma produtividade razoável para os que têm poder político, salários decentes e não têm que produzir nada. Como raio é que os salários decentes são pagos? À custa de impostos indecentes, pois claro.

Daniel Oliveira: A culpa da desgraça dos nossos serviços públicos não é, antes de mais, de quem neles trabalha.

Comentário: O Daniel tem razão. Existem 700 mil trabalhadores e nenhum deles é responsável pelo que quer que seja. Mas esse é um problema de qualquer empreendimento socialista. Não existem responsáveis. Numa empresa privada, os responsáveis são rapidamente encontrados e, se a lei laboral esquerdista o permitir, despedidos. Na função pública, todos são promovidos ao fim de 3 anos, aconteça o que acontecer.

Daniel Oliveira:
Quase nenhum trabalhador português vive acima das possibilidades do país.

Comentário: Uma questão totalmente irrelevante. O que interessa saber é se existem trabalhadores que ganham acima da sua produtividade. E a verdade é que existem. Estão todos na função pública. Só na função pública é que um trabalhador pode auferir um bom salário sem produzir o que quer que seja.

Daniel Oliveira: Mais: este país não tem futuro com salários baixos porque salários baixos são trabalho sem qualidade.

Comentário: A esquerda não percebe a relação entre trabalho e produtividade. A esquerda está convencida que o aumento de salários gera produtividade. É ao contrário. A produtividade é que gera aumento de salários. E o problema da economia portuguesa é que os salários têm subido mais depressa que a produtividade.

Daniel Oliveira: E o trabalhador português, funcionário público incluído, ganha mal e paga, quase sozinho, a totalidade das despesas de um Estado que lhe dá pouco, cada vez menos.

Comentário: Eu sei que a matemática é fascista, mas também não exageremos. Os funcionários públicos recebem em salários 30% da despesa pública. São beneficiários líquidos do orçamento do estado. São pagos pelos privados e em troca prestam um péssimo serviço. Ou seja, os funcionários públicos exploram os trabalhadores do sector privado.

Conclusão: A esquerda, que sempre se preocupou com a exploração de uma classe por outra devia estar do lado dos explorados (os trabalhadores do sector privado) e não dos exploradores (os trabalhadores do sector público). “

fonte: http://ablasfemia.blogspot.com/2005/06/luta-de-classes-no-sculo-xxi.html .

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Luta de classes por João Miranda

Quais são os trabalhadores que tipicamente fazem greve? Funcionários públicos, funcionários de empresas públicas.

Quais são os trabalhadores que tipicamente não fazem greve?

Trabalhadores da construção civil, empregados dos cafés e restaurantes, trabalhadores da construção civil, empregadas de limpeza.

Quais são os trabalhadores que os sindicatos nunca protegem?

Os desempregados.

Quem são os receptores líquidos de impostos?

Funcionários públicos, funcionários de empresas públicas.

Quem são os pagadores líquidos de impostos?

Trabalhadores da construção civil, empregados dos cafés e restaurantes, trabalhadores da construção civil, empregadas de limpeza.

Destes grupos quais são os que têm menos direitos e salários mais baixos?

Trabalhadores da construção civil, empregados dos cafés e restaurantes, trabalhadores da construção civil, empregadas de limpeza e desempregados

Porquê?

Porque os sindicatos, como qualquer grupo de interesses, tendem a proteger os seus à custa dos outros que são excluidos. Esta é mais uma das características do sindicalismo. Cria grupos de privilégios que graças a um poder negocial acima da média conseguem viver à custa dos excluidos.”

fonte: http://ablasfemia.blogspot.com/2007/05/luta-de-classes.html .

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“O desejo da derrota norte-americana mantém-se quase intacto em relação aos tempos da Guerra Fria, diferente, contudo, é a ausência de uma alternativa. Se o conflito da Coreia acontecesse agora, Burchett continuaria a defender a retirada norte-americana mas provavelmente já não arriscaria afirmar como fez nos anos 60: “[Na Coreia do Norte] o povo beneficia de uma vida radiosa, tanto sob o plano material como cultural.”
Hoje, quando se pede a retirada das forças da coligação que invadiu o Iraque, está contrapor-se o quê para aquele país? Para lá do gozo que alguns terão em ver novamente os marines regressarem derrotados a casa, o que se espera que aconteça ao Iraque após essa retirada? Apoiei a invasão do Iraque e não tenho dúvidas de que um dos grandes riscos dessa invasão é precisamente o perigo de os EUA afectarem por um tempo indefinido, àquele país, uma parte significativa do seu poder militar. Parecendo-me indispensável que se discutam os moldes e os argumentos usados para invadir o Iraque, mas parece-me muito mais grave que, escassos anos depois, se resolva retirar porque as sondagens não estão a correr pelo melhor e porque as dificuldades são muito maiores que as inicialmente previstas.
Não sei em que momento o povo da Coreia do Sul deixou de ser mártir e aquele país deixou de ser apresentado em reportagens várias como o parente pobre e oprimido do seu progressista e livre irmão do Norte. E muito menos sei se a situação no Iraque evoluirá de modo a que se possa dizer que os EUA conseguiram repetir numa ocupação militar o sucesso conseguido na Coreia do Sul. Mas é claro que em muito do que se lê, vê e ouve, em Portugal, sobre o Iraque transparece sobretudo o desejo do desastre. (Para a história do jornalismo ficará a bizarra cobertura das primeiras eleições livres no Iraque: povo algum deve ter visto a sua participação eleitoral causar tal espanto e embaraço entre os repórteres.)”

Ler o restante texto aqui (só para assinantes): http://jornal.publico.clix.pt/ .

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1.George W. Bush é republicano.

2. George W. Bush é mau.

3. Logo, os Republicanos são maus e, por conseguinte, John McCain será um mau presidente para a Humanidade.

4. Bill Clinton é democrata.

5. Bill Clinton é bom.

6. Logo, os democratas são bons e, por conseguinte, H. Clinton ou B. Obama serão bons líderes e tomarão boas decisões para promover o Bem no Mundo.

7. Os democratas são como os Jedis.

8. Os republicanos são como as forças do império do mal.

9. O dark side é tentador.

10. Darth Vader foi um Jedi antes de se converter ao lado negro das forças imperiais.

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