Liberdade sem dicotomias de Miguel Botelho Moniz via O Insurgente.
Archive for 12 de Março, 2008
Leitura recomendada II
Posted in Política on Março 12, 2008| Leave a Comment »
Leitura recomendada
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O significado da Constituição portuguesa de André Abrantes Amaral via O Insurgente.
O Lucro dos Vendedores e o Status Quo
Posted in Filosofia, Negócios, Sociedade on Março 12, 2008| 1 Comment »
1. O objectivo de um vendedor quando abre uma loja é obter lucros.
2. Para obter lucros o vendedor tem de chamar clientela e arranjar modos persuasivos de a convencer a gastar dinheiro na sua loja.
3. Um dos melhores meios que o vendedor tem para arrecadar dinheiro aos seus clientes é saber o que estes desejam.
4. Em grande parte dos casos o vendedor tem que se sujeitar aos valores vigentes numa determinada sociedade para manter o seu cliente que na esmagadora maioria dos casos é moralista.
5. A injecção de drogas é mal vista pelo status quo moral de grande parte das sociedades.
6. Dado que o objectivo primário do vendedor é lucrar, independentemente dos valores que defende, está disposto a abdicar dos seus princípios éticos pelo princípio do lucro.
7. E dado que a injecção de drogas vai contra o status quo moralista da sociedade, logo o vendedor impedirá o seu uso no seu estabelecimento sob pena de perder a sua clientela.
8. Os princípios éticos subjugam-se ao princípio do lucro e a sociedade mantem o seu status quo moralista.
Argumentos de saúde pública
Posted in Filosofia, Política, Sociedade on Março 12, 2008| 3 Comments »
Existem determinado tipos de argumentos em que o que se pretende provar para o assunto A podem servir também para provar o assunto B. Ora vejamos, há quem defenda que a presente lei do tabaco é um assunto de saúde pública e que isso justifica invadir propriedade privada (o estabelecimentos como os cafés) para proteger os cidadãos que não fumam dos fumadores. Ora aqui está um falso caso em que se tenta aplicar o princípio da liberdade expresso por J.S.Mill na obra On Liberty cujo princípio afirma que deve-se proteger a liberdade dos cidadãos desde que essa liberdade não viole a liberdade de outrém. A lei de tabaco é ilegítima porque viola claramente a propriedade privada, todo o ser que fuma não é obrigado a ir ao café onde é permitido fumar (e rapare-se que muitos cafés até têm divisões embora nem sempre bem estabelecidas). Não existe aqui um caso em que a liberdade do agente X conflitue com a liberdade do agente Y, porque tanto X como Y não são obrigados a ir ao estabelecimento do agente W cujas leis são legitimamente ditadas por si dado que a propriedade é sua e não do Estado, e como tal quem não gosta do estabelecimento do agente W que se abstenha de lá ir, está na sua liberdade fazê-lo.
Quando se alega que a saúde pública legitima a invasão do Estado nas propriedades dos estabelecimentos de venda porque o que está em causa é a saúde dos cidadãos então aqueles que são contra a legalização da posse de armas também deveriam estar interessados em legalizá-la dado que é do seu interesse defenderem-se de assaltos. E pela mesma ordem também se proibem as bebidas o alcoolicas que tem , em muitos casos, efeitos nefastos em terceiros e também os doces para impedir a obesidade. Tudo isto serve para que a saúde pública proteja o ignorante e preguiçoso cidadão de si mesmo.
Em suma, mais um passo para a ditadura.